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PROCEDIMENTO INÉDITO DE ABLAÇÃO DE TUMOR HPÁTICO POR MICRO-ONDAS PARA EM CAXIAS DO SUL

Procedimento inédito de ablação (destruição) de tumor hepático por micro-ondas é realizado no Hospital Unimed de Caxias pelo Dr. Rafael Giovanardi. A técnica de ablação térmica com a utilização de micro-ondas ainda recente no país, é mais uma alternativa de terapia minimamente invasiva para o tratamento dos pacientes oncológicos com tumores primários e metastáticos no fígado. 

Na quinta-feira (30/09), o médico Rafael Giovanardi, MD, PhD, realizou um procedimento inédito no Hospital Unimed de Caxias do Sul para o tratamento de um paciente com tumor de fígado. 

Foi realizada a ablação com micro-ondas de um Carcinoma Hepatocelular (tumor maligno primário do fígado), uma técnica minimamente invasiva que, com a utilização de uma antena especial de micro-ondas, permite o tratamento dos tumores sem cirurgia invasiva.  

A ablação térmica de tumores por Radiofrequência (outro método empregado para tratamento de tumores hepáticos) vem sendo feito com frequência, explica o Dr. Rafael Giovanardi, com aproximadamente 100 casos feitos nos últimos anos. O grande diferencial desta técnica de micro-ondas em relação a radiofrequência é a possibilidade de tratamento de lesões maiores, com menos restrição de localização em relação à técnica convencional por radiofrequência, atinge uma temperatura intra-tumoral mais consistente resultando em maior eficácia e com maior rapidez.  

O procedimento realizado é feito com a introdução de uma antena especial no tumor, e esta realiza a destruição direta da lesão pelo calor com uma margem de segurança do tecido hepático ao redor do tumor. A técnica pode ser indicada para vários tipos de tumores hepáticos e é realizada na maioria dos casos de forma percutânea, com um corte na pele de 2-3mm, com o auxílio da tomografia computadorizada ou ultrassonografia, sem necessidade de pontos e o paciente geralmente tem alta no mesmo dia. A conduta pode ser usada também no intra-operatório, associado à cirurgia hepática aberta ou por videolaparoscopia. Neste caso, o processo torna alguns doentes, antes considerados com doença irressecável pelo número e localização das lesões malignas no fígado, em doentes operáveis com potencial de cura. 

Dr. Rafael GIovanardi ressalta que nem todos os pacientes com neoplasias podem se beneficiar deste método. Condições como o tipo e natureza do tumor, seu tamanho e localização influenciam diretamente na escolha do tipo de terapia oncológica, que deve ser individualizado para cada paciente.