cirurgia-tumores-pancreas-vias-biliares

Cirurgia para Tumores do Pâncreas e Vias Biliares

Os tumores malignos mais frequentes são os carcinomas e podem envolver a Vesícula Biliar, os Canais Biliares e o Pâncreas. Ocorrem mais frequentemente acima dos 50 anos, e são mais comuns em homens. O tumor maligno mais frequente entre estes é o adenocarcinoma do pâncreas. A chance de cura está relacionada à possibilidade de diagnóstico precoce e tratamento em estágio inicial. 

O principal sintoma destes tumores é a Icterícia: coloração amarelada da pele e mucosas, associado a pruridos (coceira) e perda de peso associada à falta de apetite. As fezes podem ficar esbranquiçadas e a urina escura. 

A confirmação do diagnóstico inicia pela ecografia abdominal, mas tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética são normalmente necessárias. Além disso, marcados tumorais no sangue como o CA 19-9 e o Antígeno Carcinoembrionário (CEA) podem auxiliar o diagnóstico. 

Em relação ao pâncreas, ainda existem lesões císticas, na grande maioria lesões benignas, enquanto outras podem se tornar tumores malignos se não forem tratados adequadamente. Entre estas podemos destacar: 

  • Neoplasias Císticas Cerosas ou Cistoadenomas Serosos: são tumores que têm cistos preenchidos de líquido. Esses tumores são quase sempre benignos e a maioria não precisa ser tratada, a menos que sejam grandes e estejam provocando sintomas.
  • Neoplasias Císticas Mucinosas ou Cistoadenomas Mucinosos: são tumores que têm cistos preenchidos por uma substância gelatinosa, denominada mucina de crescimento lento. Eles quase sempre ocorrem em mulheres e, embora não seja propriamente um câncer, alguns podem se tornar malignos se não forem tratados. Por essa razão esses tumores geralmente são retirados cirurgicamente.
  • Neoplasia Mucinosa Papilar Intraductal: é um tumor benigno que cresce nos ductospancreáticos. Esse tumor produz mucina, e às vezes pode se tornar câncer se não for tratado. Algumas neoplasias mucinosas podem apenas ser acompanhadas clinicamente, mas outras podem precisar ser removidas cirurgicamente. 

Para a maioria das lesões com necessidade de tratamento, a cirurgia é a principal opção terapêutica. A cirurgia da remoção de parte do pâncreas é denominada pancreatectomia. Para aquelas lesões localizadas na cabeça do Pâncreas e região Peri-ampolar há necessidade de remoção de parte do Pâncreas e órgãos vizinhos, cirurgia denominada de panceratoduodenectomia. Tumores localizados na região do corpo e cauda do pâncreas são removidos através do procedimento denominado pancreatectomia corpo caudal.

Pancreatectomias videolaparoscópicas, especialmente a corpocaudal, têm se demonstrado como procedimentos factíveis e seguros, sendo na maioria dos casos a primeira opção terapêuticaProcedimentos mais elaborados como a pancreatoduocenectomia têm sido realizados com êxito por laparoscópica, mas ainda precisam de mais estudos para avaliar a segurança e eficácia do método. 

Otumores localizados nos Canais Biliares e/ou Vesícula Biliar frequentemente necessitam a retirada de segmentos do Fígado. Estas cirurgias apesar de serem de grande porte são consideradas seguras quando realizadas por cirurgiões com grande experiência na área da cirurgia HepatobiliarO manejo destes pacientes é avaliado de forma multidisciplinar, indicando a necessidade de Quimioterapia e/ou Radioterapia de acordo com o tipo e localização do tumor. 

DIFERENCIAIS:

VIDEOLAPAROSCOPIA


Técnica cirúrgica minimamente invasiva realizada por auxílio de uma endocâmera no abdômen.

A causa exata é desconhecida, mas se têm identificado vários fatores de risco, especialmente fumo e abundância de gordura animal e carne vermelha na dieta. Por outro lado, uma dieta rica em frutas e vegetais pode ter algum efeito protetor. Não há evidências de que o consumo de café aumenta o risco. Há também dados sugerindo que a exposição prolongada a substâncias químicas como petróleo pode aumentar o risco.